O nosso encontro foi animado e com algumas caras novas e com
e abertura e auxílio da associação amigos
dos açores que nos propiciou e facilitou a entrada na Gruta do Carvão. Esta a cavidade vulcânica é a
mais conhecida da Ilha de S. Miguel e da responsabilidade desta Associação que
tem por fim defender e valorizar o ambiente... A gruta localiza-se «na zona poente da cidade de Ponta Delgada e tem uma extensão actual de 1912
metros repartida por 3 troços, um intermédio (Troço dos Secadores de Tabaco,
Rua de Lisboa), com um comprimento de 701,8 metros e um a Sul (Troço João do
Rego) com 300 metros e este a Norte (Troço Paím) com uma extensão de 880,2 metros. Documentos antigos e observações
de campo indiciam uma dimensão muito superior à actualmente conhecida, podendo
ter atingido dimensões na ordem dos 5 km de comprimento, desde o litoral até às
proximidades da Serra Gorda, nos Arrifes. A idade da gruta,
está determinada num intervalo compreendido entre os 5.000 – 12.000 anos.
o século XVI a gruta foi descrita por Gaspar Fructuoso
(em "Saudades da Terra"): “Além, a pouco espaço da Fortaleza para
oeste está uma ponta que se chama a Ponta dos Algares, porque saiem ali dois
com as suas bocas, por dentro dos quais se caminha grande caminho por baixo da
terra, por cujo vão parece que correu ribeira de biscoito, em outro tempo, não
sabido nem visto”». Fiquei com vontade de lá voltar para aceder aos trilhos
radicais. Devido à localização, dimensão, variedade de estruturas
geológicas que podem ser observadas e aos fenómenos vulcânicos que a ela estão
associados, foi classificada como Monumento Natural Regional em Decreto Legislativo Regional.
Fiz dois registos, um primeiro desenho sobre Ebru, a textura parecia
relacionar-se com algumas texturas das paredes da gruta. Foi difícil desenhar
nas condições lumínicas do local, apontei a cor e em casa concluí. Apeteceu-me
evidenciar os tons amarelados que os fungos determinam e que embelezam,
particularmente, o âmago gruta. O segundo registo fi-lo sem
experimentalismos procurando apaziguamamento percetivo, usei um suporte branco
com alguns resquícios de Ebru.
Foi um encontro com interesse e desafiante e é de salutar a forma como
fomos recebidos, o Hugo explicou-nos o espaço e os precedimentos e deixou-nos à
vontade para desenhar.
(Pilot G-tec-C4, marcadores windsor & Newton, Amsterdam e Giotto decor materiais, Posca, aguarela e caneta de tinta da china s/ Ebru) | «in situ» |
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